sexta-feira, 20 de junho de 2008

Meio Termo


“Acho que me perdi numa excursão que fiz na tua. Na tua palavra e no teu palavrão!” 7h10 me peguei refletindo sobre a vida descendo a brigadeiro: Por quê? Quando? Onde? Para que? “Um dia a mais é um dia a menos” ouvi esses dias de alguém, mas e o dia de hoje? Fica como? Não vou parar. Não quero parar. Pra que concluir se posso mastigar o processo bem devagar? Se um artista finaliza sua maior obra prima, qual o tesão que ele tem para criar de novo? Se um músico faz a mais perfeita melodia, qual a vontade que ele vai ter de tocar alguma coisa diferente? Se uma mulher tem o melhor orgasmo múltiplo com o homem que lhe dá tudo que ela precisa, não vai mais precisar fazer amor. O sexo e o carinho serão saudosismo numa poltrona em frente à lareira. Por que ter o melhor se você pode aproveitar muito mais do imperfeito?


Claro que temos que abrir espaço para coisas novas. Mas por que finalizar? Por que ter medo do final se ainda nem começamos? “Se joga” me diz todas às vezes os ventos que vem de porto alegre. Eu me jogo. Gosto mesmo é de tomar tapa na cara. De errar. Se você nunca chorar se esquece o que é a alegria. Se nunca sorrir se esquece do que é a tristeza. Quem nunca ouviu falar que tudo em excesso é demais? Se você for feliz demais vira um idiota, se triste demais, depressivo. Mas por que não ser bem feliz e de vez em quando aceitar ser triste? Acho que, me perdoem a falta de modéstia para falar de alguma coisa tão subjetiva, o meio termo é a justa causa da vida, tolerar o momento é a parte importante da vida, o seu e o dos outros. Claro que isso não é uma verdade, mas não acho que seja uma mentira. É o meio termo do que eu penso e do que não penso!


2 comentários:

m. disse...

Thiago, agora que descobri seu blog tornei-me leitora assídua. Como já havia falado pelo orkut, gosto das suas idéias, palavras e desenhos. Se o fotolog já era bom, o blog é melhor ainda. Parabéns. Beijos, Maiara L..

Debora Rebecchi disse...

Concordo que tudo em excesso vira banal mas ao defender o "meio termo" é preciso ter cuidado pra não vender a idéia de se "viver no outono", sempre morno.
Sabe aquela história de "seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito."?
Porque a linha entre o meio termo e o medíocre é tênue.
E o "quase" é sempre chato.

PS: vale retificar que gostei muito do texto pelo fato de ele me fazer refletir ;)