sexta-feira, 27 de junho de 2008

Hoje? De Nada!

Hoje não quero falar de nada, não quero falar de nada sobre a vida, nem de vidas que são tratadas como nada. Não quero falar de teatro, de drama, de prosa ou poesia. Hoje não quero falar de nada!

Hoje não quero falar nada relacionado com esportes, nem nada relacionado com ficar sem fazer nada, hoje não quero falar de nada que me faça pensar da onde vem o nome das coisas. Não tenho vontade de trocar miudezas com ninguém, nem dar passos mais largos do que eu possa, hoje meu dia vai ser de tudo um nada.

Hoje você não pode fazer nada para me alegrar, nem para me ferir, o máximo que você pode me fazer, é me agradecer, e eu educadamente lhe responderei: De nada!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Meio Termo


“Acho que me perdi numa excursão que fiz na tua. Na tua palavra e no teu palavrão!” 7h10 me peguei refletindo sobre a vida descendo a brigadeiro: Por quê? Quando? Onde? Para que? “Um dia a mais é um dia a menos” ouvi esses dias de alguém, mas e o dia de hoje? Fica como? Não vou parar. Não quero parar. Pra que concluir se posso mastigar o processo bem devagar? Se um artista finaliza sua maior obra prima, qual o tesão que ele tem para criar de novo? Se um músico faz a mais perfeita melodia, qual a vontade que ele vai ter de tocar alguma coisa diferente? Se uma mulher tem o melhor orgasmo múltiplo com o homem que lhe dá tudo que ela precisa, não vai mais precisar fazer amor. O sexo e o carinho serão saudosismo numa poltrona em frente à lareira. Por que ter o melhor se você pode aproveitar muito mais do imperfeito?


Claro que temos que abrir espaço para coisas novas. Mas por que finalizar? Por que ter medo do final se ainda nem começamos? “Se joga” me diz todas às vezes os ventos que vem de porto alegre. Eu me jogo. Gosto mesmo é de tomar tapa na cara. De errar. Se você nunca chorar se esquece o que é a alegria. Se nunca sorrir se esquece do que é a tristeza. Quem nunca ouviu falar que tudo em excesso é demais? Se você for feliz demais vira um idiota, se triste demais, depressivo. Mas por que não ser bem feliz e de vez em quando aceitar ser triste? Acho que, me perdoem a falta de modéstia para falar de alguma coisa tão subjetiva, o meio termo é a justa causa da vida, tolerar o momento é a parte importante da vida, o seu e o dos outros. Claro que isso não é uma verdade, mas não acho que seja uma mentira. É o meio termo do que eu penso e do que não penso!


quinta-feira, 19 de junho de 2008

Não sou Maluco!

Não sou maluco! Não tenho brincos, nem tatuagens. Não tenho o cabelo diferente, na verdade tenho um diferente a cada dia, depende pra que lado o vento sopra. Não pratico pentatlo moderno. Gosto de tomar chuva de verão, mas só as de verão. Meu presente preferido é uma parede em branco. Gosto de giz de cera, lápis de cor e folha sulfite. De barriga pra cima eu fico no chão quando o céu tem estrelas. Quando não tem? Ai prefiro de barriga pra baixo em algum colchão! Minha cabeça é um balão, meu ombro um travesseiro, minha barriga uma mesinha e meus pés são rodinhas, mas com o freio de mão bem puxado. Gosto de andar com calma, sem pressa. Cultura me faz bem, pessoas me fazem bem, música me faz muito bem, mandar alguém tomar no cu de vez em quando também me faz bem. A vida me faz bem. Sou só mais um que se parece com todo mundo, mas só parece. Não sou maluco!

Converso Eu! (Parte II)

Olha desculpa!

Sabe o que é?

Tenho medo!

De que?

Tenho medo do que você tem medo!

Claro que tem. Consigo ver nos seus olhos!

(risos) Desde a primeira vez que eu te vi!

Olha! Eu quero que você fique!

Fica?

Converso Eu!

Oi! Bom dia!

Não, não quero café.

Olha não quero muita conversa hoje ok?

Pô! Você não está vendo que não estou nos meus melhores dias?

Caramba, da pra calar a boca um minuto.

Sim, só quero silêncio.

Puta ta foda ficar aqui com você!

É acho que eu vou mesmo, fica ai com seus novos amigos!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Pressure


Pressure - Alfredo "Beaves" Botana
Peça, texto, tudo dele!

Não vou colaborar com isso aqui, pq acho que se melhorar estraga! Só vou comentar, eu gosto bastante. Bem resolvido, bem disposto, bem você e bem eu!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Confissões de um Moleque Otimista

Confissões de um Moleque Otimista

“Você não aprende mesmo né moleque?” Foram as primeiras palavras que ouvi pela manhã do meu pai, “bom dia” é luxo quando ele acredita que eu fiz alguma coisa de errado, e talvez eu tenha feito. Levantei e me dei conta, depois de dez minutos brigando com o registro do chuveiro para que a água esquentasse que já eram oito horas e eu deveria estar muito mais perto do trabalho do que do meu chuveiro. Já estava atrasado, provavelmente iria ouvir poucas e boas do meu chefe, tomei tranquilamente meu banho e meu café da manhã. Sai.


Não tive pressa pra pegar o ônibus, ia tomar uma bela duma bronca, não tive pressa pra passar a catraca do metrô, ia realmente tomar uma bela de uma bronca, mas andei devagar, sem pressa, aproveitei cada passo, os esquerdos e os direitos, até pensei em dar uns pra trás, mas achei melhor não transformar a bronca em demissão justa causa. Segui.


Tomei uma, duas, nove broncas, meu chefe acordou com o pé esquerdo hoje e com certeza veio pulando com ele até o trabalho, perdi o projeto inteiro que eu havia feito ontem até as oito e vinte e sete da noite. Refiz.


Hoje parece que é um daqueles dias que tudo vai dar errado, acordei atrasado e com bronca, o chuveiro não esquentava, tomei outra bronca, perdi o projeto, certeza que: meu almoço vai ser ruim, vou voltar pra casa com o ônibus lotado, alguém vai me xingar na rua por eu não prestar atenção na hora de atravessá-la, a menina com quem eu estou saindo não vai me ligar, a luz vai acabar e vou ter que subir todos os lances de escadas até meu apartamento, mas eu esqueci a chave então vou ter que esperar duas horas até alguém chegar, mas tudo bem eu tenho meu caderno pra ficar desenhando, só que as páginas já acabaram, eu ia comprar um hoje, mas com o atraso, broncas e tudo mais esqueci o dinheiro e fiquei sem caderno.


Mas hoje, hoje tudo bem, não há nada que consiga tirar meu sorriso do rosto! =)

terça-feira, 10 de junho de 2008

Em Suma, não Suma!

Ando meio preocupado comigo. Tenho medo de desaparecer. Já soube de cinco casos de pessoas que desapareceram, assim sem mais nem menos. Em um minuto estavam ali, no outro não estavam mais. Acho que pode ser um surto de alguma doença, ou um ataque terrorista. Estou pensando em sumir por um tempo, assim não corro risco de desaparecer!

Devaneios de uma Flor


Devaneios de uma Flor

Nunca pensei em ver uma flor assim, ainda mais essa flor, acho que alguma coisa estranha aconteceu. Há algum tempo estou escutando ela falar, falar e falar. E passo sempre alguns minutos me perguntando: Quando foi que ela começou a falar tanto?

Era daquelas flores que quando você sentava ao lado dela, o jardim se mostrava de um silêncio inigualável. Mas não que fosse má companhia. E de repente estava ali, tagarelando pra todos os lados. Uma ótima flor.

Acho que tudo começou quando um passarinho verde, que não é tão verde assim, lhe contou certas coisas. Agora ela não sabe mais o que falar. Fala bem. Fala mal. Não fala nada com nada. E eu escuto, entre uma xícara de chocolate e outra.

Ela fala que quer gritar que quer correr que quer fugir que está feliz e logo depois está triste, que não sabe. Que tem certeza, que olha para todos os lados, que não enxerga nada. Não sabe pra onde vai, mas tem certeza que vai chegar. E vez ou outra sabe pra onde vai, mas não certa de que vá chegar.

Pelo menos agora ela sabe que está viva.

São sós devaneios de uma flor bonita! =)

domingo, 8 de junho de 2008

Bloqueio Criativo


Bloqueio Criativo


Agrada-me esse barulho de coisas sem sentido, jogam tudo pra lá ai pegam tudo e jogam pra cá são intervenções desvairadas de motivos contestáveis que normalmente parecem não dizer nada e por fim acabam transformando quase nada em tudo ou quase tudo em nada. São madeixas de pedaços de palavras que correm para cantos arredondados de salas escuras iluminadas por nada mais nada menos que nenhuma luz. Continuamente a música toca quase parando num ritmo um pouco menos agitado que as batidas arrítmicas do meu coração a velocidade dos passarinhos pulando de galho em galho me lembram que gatos não voam e sim os passarinhos. Por falar nisso onde está meu gato? Não me lembro muito bem se tenho um gato ou se foi apenas uma perseguição ao rato que come meu sanduíche de queijo todas as manhãs. È muito barulho dentro de uma coisa só acho que não devo me concentrar em nada por mais de dois segundos não tenho o direito de perder as coisas no meio de transeuntes que fazem trocas caridosas de pensamentos. O som é forte e alto e me parece que nunca vai parar de tocar as batidas na minha cabeça não param me sinto bem com isso e tudo que faço sai em perfeitas condições de ser jogado fora por pessoas que dizem saber de tudo que eu não faço a mínima idéia do que seja. Olho para todos os lados e não tenho com quem conversar o barulho não para nunca está mais alto do que nunca e se mistura com todos os conselhos que recebi hoje de manhã da minha mãe. Tem muita coisa rolando lá dentro e eu sou o único que não pode entrar nem sair me concentro por zero virgula trinta e sete milésimos em um ponto em branco do olhar profundo do meu caderno.

Silêncio.

Acho que tive um bloqueio criativo.


sábado, 7 de junho de 2008

07.06.08

(Colagem que não cabia no scaner!)
07.06.08

Pessoas andando de um lado pro outro, o gato que pula de janela em janela, o sorriso da menina que não desaparece, o som cortado de uma caixa de som prestes a quebrar, o barulho de um lápis sobre o papel. Sempre haverá pessoas de um lado ao outro, gatos pulando janelas, sorrisos que não desaparecem, caixas de som cortando músicas e se depender de mim barulho de lápis sobre o papel.

Os mecânicos da oficina ao lado trabalham a todo vapor, a obra em frente faz barulho de mensagem, e no mesmo momento o celular anuncia outra mensagem, o som do computador se mistura com beatles, os carros buzinam na rua sem parar. Sempre haverá mecânicos trabalhando freneticamente, obras tocando mensagens, mensagens me fazendo sorrir, tecnologia atrapalhando um bom som, e se depender de mim todas as buzinas paravam de funcionar.

Uma fresta de luz entra pela janela, barulho, o telefone grita desesperadamente por atenção, “alô, quem fala?”, são anúncios de jornais do norte do país, portas abrindo e fechando, tic-tac do relógio, já estou com fome e nem passa perto da hora do almoço. Sempre (espero) haverá luz por entre as frestas, telefonemas desesperados, jornais de locais distantes, portas abrindo e fechando, tic-tacs e se depender de mim as horas de almoço serão sempre mais cedo.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Alguns Cantos Apertados


Primeira página do meu caderno de rabiscos! =)

O meu mundo na minha visão!


Escrevi algumas linhas, mas apaguei todas.

Não gosto mais das mesmas coisas que eu gostava antes, de algumas talvez, nem tudo que me fazia feliz me faz feliz agora, algumas talvez, sinto que estou mudando que não sou mais o mesmo e não guardo nada do antigo eu, algumas coisas talvez, e isso é bom!

Foi uma semana de diversos sentimentos, tédio, ódio, alegria, e alguns outros que não me cabem falar ainda... Sinto falta de um espaço, não trago mais a minha imagem nas telas dos computadores de uma salinha apertada. Estou mais passional do que nunca, me deu vontade? Eu faço. Complicado estar tão motivado ao gesto. Mas isso é bom, experimente: Sentiu. Faça!

E eu fiz, foram as duas horas que valeram a pena no meu dia ontem, na verdade fiz e depois não fiz nada... E foi bom! É sempre bom, me parece que vai ser bom por um bom tempo, mas como mudei, de agora em diante é tudo devagarzinho, pé na frente de pé.

Sei que quando fui embora olhei pra trás. Ela? Eu não sei!

Mas isso é só a minha visão do mundo!