quinta-feira, 28 de agosto de 2008

...8, 9, 10: FOGO!

Cansei de intenções medíocres. Não me chama mais atenção a parte pelo todo.

Minhas ações não partem mais do pressuposto de que tudo está perdido, meu medo não é mais elemento retroativo e sim ignição. Não me abala mais uma derrota, um fracasso, minha luta: É interna e não mundana. Eu sinto, e sei que sou maior. Capaz de conquistar o Mundo. Carrego, sempre que preciso, quantos e quem quer que seja nas minhas costas, suporto a passos curtos e concentrados. Sei.

Parado, apenas estou aos seus olhos, minha alma e minha mente não são interruptas. Meu silêncio corporal não é o ócio das idéias. Observo. Absorvo. Minhas mãos, olhos e boca: estão todos prontos e meus dedos estão postados no gatilho prontos para disparar contra ti. Não subestime não tema, apenas: Entregue!

Confie, não julgue. Ouça, não fale. Emocione-se, não racionalize. Faça prosa em poesia e poesia em prosa. Renegue as verdades, relembre o movimento natural. Não faça da rotina a sua vida, faça da sua vida: Sua.

Nota Mental 01

Me agrada encontros inesperados com pessoas que me fazem bem! =)

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Cinema sem Pipoca

Tratei de logo tirar as revistas do colo e as imagens da cabeça. Estava a pensar em mim, e, por uma breve compensação de fatos, senti medo de me ouvir falar alto. Então sussurrei em meu ouvido com aquela voz fina que se usa nos convencimentos: até quando você vai agüentar isso? Você acha que vai suportar tudo sozinho? Eu me acho, digamos, difícil.

Difícil. Exatamente como ele sempre me disse que era. Mas eu nunca dei o braço a torcer sobre as minhas opiniões. Difícil, exatamente como eu sou, preferi correr o risco. Não consigo tirar a imagem dele dos meus pensamentos. De como sussurrava com aquela voz fina em meus ouvidos. Tola o bastante fui eu que me deixei acreditar, agora sou sozinha acompanhada apenas com o eco do sussurro de "eu te amo".

Amo, mas não amo tanto, confesso. Assim em seguida consigo prometer minha fidelidade - não a ela, entenda, mas aos planos que fizemos enquanto sentados sobre o cobertor da sala. É, eu me cubro de qualquer culpa. Pensei mandar-lhe uma flor sem pétalas, um cofre sem segredo, ou construir-lhe um cinema sem pipoca, mas não. Apenas eu me apresentei em sua porta, dois dias depois, como o melhor amante que poderia ter sido. Às vezes sou pequeno mesmo.

Amei-o consciente de que seria a última vez. E a primeira vez consciente depois de tanto tempo. Acho que não me importava mais se fosse ou ficasse. Preferia na verdade que nunca mais tivesse aparecido, estaria bem, apenas eu, o eco e Durval, meu gato siamês. Acordei. Já não estava mais lá. O céu chorava sobre a imensa janela da minha sala. Sentei, e sorrindo, tomei meu chá.

Ainda que tivesse partido, não tão somente o teria feito. Por mais que quisesse ir - e note: eu fui mesmo - meus pés pousavam sobre sua calçada amarela e se arrastavam como um barco sobre o mar, que deixa rastros por onde passa. Eu não conseguia sumir dali. Estava certo que ela tomaria um pouco daquele chá de camomila que deixei preparado, minutos antes de sair. Sabia que não colocaria açúcar e que não mexeria o suficiente. Sabia sobre os pelotes de açúcar esquecidos no pote. Sabia que não me perdoaria para sempre.



*Noelle Falchi e Thiago Botana

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Não Raras Vezes!

No final, é sempre pros braços dela que eu volto!

Não raras vezes se ouvem disparos de frases ásperas e continuas. Rasantes e velozes não nos permitem desviar. Machucando sempre o mais forte possível.

Não raras vezes as portas batem e os olhares não se cruzam. Por tempo demais para que se curem as feridas e tempo de menos para que se esqueça a importância.

Não raras vezes ela me irrita como ninguém, me acorda no meio da madrugada e antes do meu relógio despertar pela manhã. Fico maluco quando não me deixa em paz um segundo se quer. E ela fica puta quando a tiro para dançar por toda a casa contra sua vontade.

Não raras vezes deixo as palavras dela entrarem por um ouvido e saírem pelo outro. Mas por incrível que pareça nunca consegui que tais não me abalassem o peito antes de sair!

Mas não raras vezes é ela quem me tira toda aflição da vida, cura meus amores perdidos e me levanta diante das derrotas. Não raras vezes me pego pensando que mataria por ela, e que não teria vergonha do feito diante de ninguém. Mas só por ela. Não raras vezes daria minha vida por ela.

Não raras vezes quero me afogar no travesseiro quando me pede que ache seus óculos. Mas tudo bem, porque no final, é sempre pros braços dela que eu volto!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

60 Kg

Estava ali. Sentado. Perdido. No melhor ócio dos meus últimos tempos.
Senti o peso em minhas costas como nunca havia antes. Busquei minha vida na memória e não descobri algo parecido. A inclinação do chão fazia com que parecesse maior do que realmente era. Prendi minha caneta na camisa e o contrabalanceei.
Era ela, que apoiava todo o corpo em mim.
E tudo que eu sentia eram mais ou menos 60kg de Paz!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Rápido e Insatisfatório

Qual é a receita pra se viver??
Acho que exagerei nas porções de emoção e acabou que ficou faltando o gostinho da razão!
Nota Metal: Dedicação e Foco!
Mas agora talvez seja tarde!
É?