Eramos cinco, presos no carro por causa da chuva, o telefone tocou e a voz do outro lado nos convenceu que valia enfrentar o dilúvio pelo que nos aguardara lá. Andamos, não adiantava correr, já no primeiro passo estava encharcado, quase chegando decidimos voltar, deixar os celulares e carteiras protegidos da chuva, iríamos descobrir que era tarde, os que sobreviveram não sobreviveram, de cinco foram cinco mais a chave do carro, ficou aberto mas não tínhamos tempo de pensar nisso. Partimos.
Passamos por muitos que tentavam se abrigar em pequenos toldos, o desespero reinava na cara da maioria, não havia tempo para ajudar, nosso destino estava bem próximo e não podíamos parar. Cada um levava o que era seu, cuidando pra chuva não estragar o que era precioso.
E dobrando a esquina a direita, demos de cara com a salvação, atravessamos um mar de gente, e quase um mar de água, mas estavamos dispostos e nada nos importava! Finalmente nosso destino, e a alegria! Abrimos nossas cervejas, brindamos, lá estava o bloquinho de carnaval da vila madalena, e no fim, tudo valeu a pena.
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