domingo, 6 de maio de 2012
Do que me liberta!
sábado, 18 de junho de 2011
Da Alegria que Me Impede
Da alegria que me impede de descansar, hoje só enxergo o que tenho de ti. Nunca foi tão claro pra mim tudo que ganhei de graça apenas por ser parte do que é você, a dança que te movimenta aleatoriamente aos olhos alheios pra mim é muito clara e me relembra cada brilho que sempre conseguiu tirar do mais corrupto que sou, e que guardo escondido onde ninguém possa encontrar. Não és tão frágil quanto sou, disso sei bem, carrega em ti tumultos pela vida de homens inocentes e culpados, por mim e por tantos que receberam teus sorrisos em momentos de desespero, mas nunca por você. Não por você. Mas hoje, inspiração, quem não te teve, não te terá mais, hoje te tenho porque sei bem o quanto te tive, mas quem não te teve, chegou tarde, e não te terá mais. E o que está hoje, nada mais é do que a última e enorme brincadeira, a parte mais incrível e cómica do teu imenso, que, aliás piada que foi muito bem bolada. Bem de teu feito nos deixar com a parte efêmera de que mais gosta, só nos arranca as gargalhadas mais intensas em meio a toda a mistura de medo, ansiedade e incapacidade de aceitar tal imposição selada em todos nós. Da alegria que me impede de descansar, me enche os olhos de vida saber que grande parte veio de ti.
terça-feira, 17 de maio de 2011
terça-feira, 1 de março de 2011
E Tudo Valeu a Pena!
Eramos cinco, presos no carro por causa da chuva, o telefone tocou e a voz do outro lado nos convenceu que valia enfrentar o dilúvio pelo que nos aguardara lá. Andamos, não adiantava correr, já no primeiro passo estava encharcado, quase chegando decidimos voltar, deixar os celulares e carteiras protegidos da chuva, iríamos descobrir que era tarde, os que sobreviveram não sobreviveram, de cinco foram cinco mais a chave do carro, ficou aberto mas não tínhamos tempo de pensar nisso. Partimos.
Passamos por muitos que tentavam se abrigar em pequenos toldos, o desespero reinava na cara da maioria, não havia tempo para ajudar, nosso destino estava bem próximo e não podíamos parar. Cada um levava o que era seu, cuidando pra chuva não estragar o que era precioso.
E dobrando a esquina a direita, demos de cara com a salvação, atravessamos um mar de gente, e quase um mar de água, mas estavamos dispostos e nada nos importava! Finalmente nosso destino, e a alegria! Abrimos nossas cervejas, brindamos, lá estava o bloquinho de carnaval da vila madalena, e no fim, tudo valeu a pena.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Da Realidade
Tem gente que quer ser louco. Perder a razão, alucinar, viver aventuras diferentes a todo momento do dia, busca em tudo uma ponta de falsa insanidade Tem gente querendo fazer sexo nos locais mais inusitados do planeta, que busca relacionamentos de uma noite para respirar o ar mais fundo uma vez na vida, alguns procuram uma sarjeta nova por minuto e encontram o melhor colo do mundo nos braços do asfalto, tem gente que escreve por não conseguir dizer. A vida não é feita de momentos que você constrói a partir dos filmes do Woody Allen, suas fantasias de Vicky Cristina Barcelona não farão parte da sua vida, e o Javier Bardem no máximo é um garotão filhinho de papai que cheira cocaína e não precisa se preocupar em como vai criar sua família de classe média. A única preocupação dele é com quem ele vai pra cama hoje. A realidade é aquela que te estende a mão enquanto você chora por quem não se importa, que manda você a merda quando teve um dia ruim no trabalho e que se arrepende, e faz isso muitas vezes ao ano, a realidade é aquela que fica feliz em te ver dormir na noite de natal, e quer te ver feliz, independente com quem, onde e como. A realidade é tudo aquilo que você não presta atenção, e quando presta, já é tarde demais! A realidade é aquilo que te estende a mão, e faz você viver todas as loucuras sem se preocupar se são ou não loucuras.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
LivreEspontâneaVontade
É o tipo de coisa que não suportava, dormir com o cheiro dela, todos os momentos que havia esquecido voltavam a tona quando a luz se apagava e o cheiro dela o abraçava - nada era mais confortável que os braços dela durante a noite - não os tinha mais, por livre e espontânea vontade não os tinha mais.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Vício!
Chamou logo atenção de todos, encantadora do jeito, passava desapercebida em nenhum lugar. O sorriso de menina abraçava como uma mãe a aflição de qualquer coração - ali existia um coração aflito - o olhar desatento aos tantos que tentavam se cruzar com o seu cativava de tal modo a se deixar encontrar toda atenção do mundo - ali de fato existia grande parte da atenção do mundo - era um jeito de recostar a cabeça sobre ombros alheios que transformava qualquer cara feia em plenitude de bons carnavais - ali existia boas rugas de uma cara emburrada - o toque delicado da mão insegura que procurava uma proximidade que não existia para que as palavras pudessem sair naturalmente - ali com certeza existiam palavras por dizer.
Mas não prestava atenção em nada disso
Dali, já tinha seu vício.